Estamos no ABRIL AZUL, mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma campanha nacional de inclusão e mobilização para um ambiente mais acolhedor a pessoas que estão nesse espectro.

A ação serve para nos lembrar da importância de falarmos sobre esse assunto todos os dias. Informação com base científica é peça fundamental para que as pessoas conheçam, compreendam e apoiem autistas e seus familiares. Por isso, destacamos quatro pontos que todos precisam saber sobre o TEA:

 

1 — O que é TEA?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, que se caracteriza por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em diferentes contextos. Além disso, observa-se a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Denomina-se espectro porque seu desenvolvimento não ocorre da mesma forma para todos e cada indivíduo pode precisar de níveis diferentes de suporte.

As características comportamentais tornam-se evidentes na primeira infância e, frequentemente, envolvem atraso no desenvolvimento da linguagem, em geral acompanhado por ausência de interesse social ou interações sociais incomuns, como puxar as pessoas pela mão sem nenhuma tentativa de olhar para elas; padrões atípicos de brincadeiras, como carregar brinquedos, mas nunca brincar com eles; e padrões atípicos de comunicação, como conhecer o alfabeto, mas não responder ao próprio nome.

Durante o segundo ano de vida, comportamentos atípicos tornam-se mais evidentes. O TEA não é um transtorno degenerativo, assim, novas aprendizagens são possíveis ao longo da vida. Para alguns indivíduos tais comportamentos aparecem de forma evidente na idade adulta, talvez levados pelo diagnóstico de alguma criança da família ou pelo agravamento funcional de relações profissionais ou familiares.

 

2 — Como é feito o diagnóstico?

Não existem exames médicos laboratoriais específicos para a detecção de TEA, portanto, o diagnóstico é essencialmente clínico. Se baseia na observação de comportamentos do indivíduo no momento da avaliação e em informações obtidas por entrevistas com pais ou responsáveis (quando são crianças) ou pelo próprio paciente (quando adulto).

O diagnóstico deve ser feito, sempre que possível, por uma equipe multiprofissional (médico, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional). Quanto mais precoce, maior a probabilidade de ganhos na qualidade de vida do indivíduo, por meio da aprendizagens de novos comportamentos e redução de comportamentos prejudiciais a ele.

 

3 — TEA tem cura?

O TEA não tem cura, pois, é uma condição do indivíduo, não uma doença a ser “curada”. Não há cura para o que não é doença, mas há tratamentos (terapêuticos e medicamentosos) que contribuem, de forma relevante, com a qualidade de vida do indivíduo.

 

4 — Por que é importante o acompanhamento profissional capacitado?

Todo serviço ofertado à sociedade exige um profissional com qualificação baseada em fundamentos científicos e isso não é diferente com intervenções oferecidas aos indivíduos no TEA. A condução de intervenções realizadas por profissionais não-qualificados pode comprometer gravemente o desenvolvimento do indivíduo que a recebe e inclusive trazer prejuízos econômicos à família.

Intervenções fundamentadas na Análise do Comportamento são reconhecidas internacionalmente como as que apresentam os melhores resultados. Atualmente, há muitos profissionais oferecendo intervenções analítico comportamentais, mas que não possuem qualificações mínimas para realizá-las. É extremamente importante que o profissional que se denomina analista do comportamento compreenda os princípios científicos e filosóficos da Análise do Comportamento e que seja fluente nas práticas aplicadas.

 

Se você quiser saber mais sobre o assunto e como identificar tal profissional acesse o documento disponível em nossa página:  https://analisedocomportamento.org.br/aba-para-o-autismo-proteja-o-seu-filho/