“Orientações às psicólogas e psicólogos, acerca das intervenções comportamentais baseadas na Análise do Comportamento Aplicada no contexto do Transtorno do Espectro Autista”

O Conselho Federal de Psicologia publicou uma nota técnica com o objetivo de fornecer orientação às psicólogas e psicólogos, no uso de intervenções comportamentais baseadas na Análise do Comportamento no contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA).  O documento destaca a importância da ética, da formação qualificada e do respeito à diversidade de abordagens na Psicologia. O texto salienta que a intervenção fundamentada em Análise Aplicada do Comportamento (ABA) deve ser individualizada, com planejamento, supervisão adequada e participação da família. A nota também alerta contra a mercantilização das terapias e defende intervenções baseadas em evidências, autonomia profissional e respeito aos direitos da pessoa autista considerando a validade social, o assentimento da pessoa atendida e o cumprimento do Código de Ética da Psicologia.

A ACBR (Associação Brasileira de Análise do Comportamento), por meio de sua diretoria, considera a referida nota como um reconhecimento da contribuição das intervenções fundamentadas em aos familiares, profissionais de outras áreas de conhecimento e também diretamente a pessoas com TEA. A nota técnica passa a ser uma referência importante, porém não a única e exclusiva, para balizar intervenções fundamentadas em ABA em contextos do TEA.

              Queremos agradecer publicamente o Conselho Federal de Psicologia (CFP) por esta iniciativa. O CFP tem uma vasta produção e divulgação de conhecimento por meio de cartilhas, livros, manuais, revistas científicas e tem realizado uma série eventos em todo Brasil. Tais ações têm respeitado as concepções Psicológicas, assim como as  diversas áreas de atuação profissional em diversos contextos e campos em que a Psicologia está presente no país.

Também queremos agradecer as autoras e organizadoras do documento: Izabel Augusta Hazin Pires (CFP); Rosana Mendes Éleres de Figueiredo (CFP); Cláudia Romano Pacífico (ABPMC) e Leila Felippe Bagaiolo (ABPMC). Especialmente o nosso agradecimento vai para às Doutoras Cláudia e Leila (representantes da comissão de desenvolvimento Atípico da Associação Brasileira de Ciências do Comportamento -ABPMC), que puderam com base no conhecimento e vasta experiência, tanto em pesquisas como em intervenções com pessoas autistas e seus familiares tem contribuído para a construção qualificada do documento e sua possível divulgação.    

Por fim, a ACBR também reafirma o seu papel de uma associação na defesa e promoção da Análise do Comportamento como ciência que desenvolve  teoria e pesquisa como suporte científico das aplicações . Somos uma associação em defesa da democracia, dos direitos das pessoas, pautados na ética. Repudiamos qualquer forma de violência e agressividade. A  comunidade de analistas do comportamento tem sido, de longa data, sistematicamente  alvo de injúrias e  ataques sem que haja qualquer argumento sólido, pautado em  conhecimento científico.